segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Breve história da espeleologia.

A história da espeleologia é talvez tão antiga como a do próprio homem. Foi em grutas e em lapas que o homem da pré-história procurou abrigo para se proteger do frio, de outros animais, de guerras, mas também para depositar os seus mortos e eleger os seus deuses. Como possuíam o fogo, penetravam profundamente debaixo da terra, iluminando-se com archotes ou lâmpadas alimentadas com sebo dos animais.
Deste modo, foram estes nossos antepassados os primeiros exploradores do meio cavernícula: tão forte foi a sua relação com o meio subterrâneo que nos deixaram aí vestígios suficientes para caracterizar e tipificar várias culturas e indústrias um pouco por todo o globo.

Após o aproveitamento das cavernas durante o período pré-histórico dá-se, na Idade média, uma regressão de mentalidades passando as grutas a serem tidas como lugares do demónio ou escoadores das águas do dilúvio.

Este espírito prevaleceu até meados do século XIX, depois pouco a pouco as cavernas começam de novo a ser alvo de visitas.

É em França que a partir da segunda metade desse século surgem alguns dos mais destacados percursores da espeleologia e nasce também, em 1895, a Sociedade de Espeleologia Francesa, a primeira associação de carácter espeleológico no mundo.

No início do século XX deu-se a exploração sistemática das grutas e, por consequência, o desenvolvimento da espeleologia como ciência. Este feito deve-se a Édouard-Alfred Martel (1859 – 1938) considerado o “pai da espeleologia”. Os trabalhos de Martel abriram caminhos para outras gerações de espeleólogos que, até hoje, vão aperfeiçoando as técnicas de exploração e aprofundando cada vez mais o conhecimento sobre o mundo subterrâneo.

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